Ah! Se eu
escutasse todos os conselhos, hoje estaria vivendo “eternamente” infeliz!
A vida é um enigma para ser desvendado por cada um de nós enquanto vivemos e não uma cartilha a ser seguida, feito atalho para alcançar a suposta perfeição.
Se eu desse
valor ao que pessoas bem intencionadas pensam, certamente frequentaria religiões, com o ser tomado por amarguras e descontentamento, provavelmente fingindo
ser feliz ou acostumada e agradecida com os adestramentos.
Será que o Deus
que os homens inventaram prefere as mentirosas bajulações e assim disfarçar as
reais intenções que é alcançar méritos com a Força Superior?
Aproximo de
Deus sempre que sou sincera, vivendo a vida com responsabilidade, gratidão e
amor.
Se ao longo da
vida eu desse crédito ao que os outros acreditam, certamente não teria
expandido minha capacidade de raciocínio e assim não conheceria o sabor da
minha própria liberdade.
Será que as
pessoas vivem cada vez mais deprimidas porque se acomodaram em concordar com
ordens disfarçadas de conselhos?
Minha alegria
vem da alma, cada vez que olho para meus mais profundos e verdadeiros
sentimentos e tomo minhas decisões, sem me importar com mais ninguém.
Se deixasse de
fazer as amizades que fiz durante todos esses anos, certamente não teria
observado prazerosamente de perto, a essência de cada ser, e analisar o que
seria bom ou ruim para experimentar na minha própria vida.
Será que o
preconceito é a ignorância disfarçada de precaução, o elo da corrente que nos
aprisiona ao superficial e efêmero?
Aproximo das
pessoas com a mesma ânsia que leio um novo livro, e cada um tem uma diferente
mensagem registrada, alguns não muito interessantes e outros me deixam
extasiada!
Ah!Se eu fosse
um pouco mais insensível como alguns conselheiros que encontrei nos caminhos da
vida, ainda viveria ao lado de um homem sem amor nos olhos e com atitudes
frias. Egoísta, estaria completamente infeliz, apenas para impedi-lo de ir
viver o seu amor.
Será que vale
pagar o alto preço da convivência fria e dilacerada, disfarçando a tristeza e
angústia em troca de alguns luxos?
Conheci a
felicidade o dia que consegui fazer uma escolha, entre duas opções: dormir só
mais com a mente tranquila e cheia de novos sonhos X dormir acompanhada, e neste caso, consciente
da minha insignificância.
Lógico que a
primeira opção prevaleceu!
Sinto muito,
meus amigos preocupados em me aconselhar! Acredito que todos vocês aprenderam
como viver uma vida feliz, digna e sincera, mais vou seguir meu caminho
acertando ou errando sem medo e sem pressa.
Não preciso
colar na prova o que outros tentaram fazer primeiro ou responder as questões que
qualquer colega soprar no intuito de me ajudar. Não é prepotência e nem é
arrogância, apenas é meu direito fazer o que aprendi e responder o que
compreendi.
Se errar, tento
outra vez. Se acertar, como tem acontecido até agora, vou amanhecer e adormecer
com a alma leve e o coração saltitante.
Algumas vezes
vou aparecer séria e pensativa diante da sociedade, e nestes momentos estarei
estudando, analisando, juntamente com meu Mestre.
Quem é o
mestre, que me orienta?
O Deus que
habita dentro de mim, absorvido com a minha profunda sinceridade, a mais
minuciosa observação, e a mais intensa meditação sobre seus ensinamentos
através dos raros discípulos que encontro e os reconheço na sabedoria que transcendem
através do respeito á individualização.
Para viver a vida
e alcançar as minhas respostas, não precisei de regras, muito menos seguir
conselhos de quem ainda aceita as manipulações para se afirmar, com medo de
seguir o seu próprio coração.
Nestes casos a
roda da falsidade continua girando em torno da preguiça espiritual, física,
mental, ou seja, comprando respostas prontas e permitindo que a liberdade de
fazer sua vida com tudo que pode vir a ser interessante, afetando até a
humanidade, direta ou indiretamente, seja controlada por conclusões que
pertence á realidade de outros e não a sua.
Se todas as
pessoas tivessem coragem de olhar para dentro de si e olhasse com carinho os
seus desejos mais verdadeiros e fizesse assim suas histórias, sem medo, sem
ferir alguém, apenas domando seus instintos primitivos e selvagens, alcançaria
o Reino Dos Céus e resolveria grande parte do dilema humano, a paz e a
felicidade!
O sabor de desvendar esse enigma é único para cada um que ousa seguir sem decorar a cartilha e sem aceitar as respostas do colega.
Mara Mello
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