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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Um amor que não foi para sempre...


Históriapor Mara Mello » 24 Out 2010, 11:03
Aprendi que o amor seria para a vida toda. Somente a morte poderia separar um casal que foi unido pelo amor ou, como dizem:"O que Deus uniu o homem não separa."Então o amor seria eterno.Acreditei e cresci me preparando para viver esse amor, conheci, namorei e casei com um alguém que também cria nessa ilusão e assim fizemos a promessa de um amor para toda a vida, até que a morte nos separasse.Com o entusiasmo de quem estava amando,acreditei que o amaria além da morte, já que foquei minha vida exclusivamente nessa união.
Foi um casamento perfeito, com muito carinho, atenção, paixão, discussão e compreensão nas difereças. Enfim, eu estava realizada e ele também, além das atitudes de amor, expressava no olhar um brilho da pureza do que sentia.
Nossa união era forte, saudavel, apesar dos probleminhas corriqueiros que atravessamos, superamos todos com a dedicação dos dois sempre unidos.
Tivemos então uma linda filha que só completou a nossa felicidade!
Meu marido e minha filha prenchiam meu coração e minha vida; eu não desejava sentir nada melhor,já tinha conhecido o amor, e esse era o melhor sentimento que poderia ter sentido. A minha felicidade era escutar o portão se abrir, ele entrar com o carro acabando de chegar do trabalho, meu coração disparava e meu sorriso era espontâneo, o meu amor havia chegado. 
Passaram-se sete anos e eu adoeci, precisei começar o tratamento de hemodiálise por três dias na semana.Tive o apoio de toda a família e amigos, mas o carinho e cuidados do meu marido e da nossa filha foi o mais bonito e, por eles eu lutei.Sabia que era uma doença crônica, estava muito debilitada no início, mas encontrava neles a força que eu precisava.
Começamos a ter problemas financeiros, com o meu problema de saúde eu não podia ainda trabalhar, então meu marido passou a realizar trabalhos extras nos horários de folga. Muitas coisas começaram a mudar... 
O tempo foi passando e eu fui me adaptando ao tratamento e procurando viver o melhor possível, comecei a perceber que algo estava mudando no olhar e nas atitudes do meu marido comigo e nossa filha.
Estava cada vez mais ausente,trabalhando em todos dias da semana e chegando sempre muito tarde, inclusive nas férias, e não adiantava reclamar sua ausência,pois ele sempre se fazia de vítima e dizia que não saber o que estava acontecendo, que trabalhava muito sem descanço e o dinheiro mal dava para suprir nossas necessidades e que eu devia ser agradecida por ter um marido como ele,que só vivia para o trabalho e para a família. Eu me sentia culpada por mostrar incompreensão, passei a cuidar melhor dele nos poucos momentos que restavam para ficarmos juntos. Passei então a enfrentar todos meus problemas sozinha,que as vezes se agravavam muito como a educação da nossa filha e outras coisas que normalmente fazia junto com ele.
As desconfianças aumentaram quando o olhar dele ficou definitivamente frio, procurava motivos sem explicação para iniciar discussão, se estava em casa só reclamava de canseira e dormia o tempo todo, não conversava mais com entusiasmo e sem mostrar nenhum interesse no que acontecia em casa comigo e nossa filha, as vezes falava como se eu tivesse obrigação de ser agradecida e outras vezes me tratava como uma mãe.
Eu não tinha dúvidas que o amor estava ausente, mas não queria acreditar que tinha acabado,e por muitas vezes tentei entender o que estava acontecendo e o que eu poderia melhorar para não deixar morrer o que eu tinha de mais bonito,a minha família e o amor que havia entre nós.
Dois anos se passaram; ele então começou a dizer que era coisa da minha cabeça mesmo com muitas evidências,até que um dia eu disse que iria marcar consulta com um psicólogo para nós dois, pois queria me livrar dessa neurose, disse-lhe isto pra ver a reação dele e a única coisa que ele me disse foi que eu não estava ficando doida, parecia que estava pronto para dizer a verdade mas exitou.
Certa noite ele chegou, colocou a bolsa dele em um dos quartos da casa e foi tomar banho,eu tive uma intuição muito forte do que tinha acontecido mais não quis tocar no assunto, pra não ser cansativa então fingi que não notei nada, só fiquei observando.
Como era de costume,sempre fazia café da manhã e levava para ele na cama e assim ficavamos, como todas as manhãs, ali namorando ou só conversando,mas sempre aproveitando esse tempo pra curtirmos um pouco um ao outro.Mais nesse dia algo que eu não esperava aconteceu,escutei uma música que vinha da bolsa dele e achei engraçado, acreditando ser o radinho que há muito estava sem pilha,peguei a bolsa e levei para mostrar a ele que estava tocando sozinho, e percebi um nervosismo fora do comum quando tentava desligar sem tirar de dentro da bolsa o "tal" radio.Peguei a bolsa da mão dele num impulso e pra minha surpresa era um aparelho de celular.
Não dá para descrever o que senti naquele momento,acho que enlouqueci momentaneamente,meu mundo desabou, o que eu não queria acreditar estava sendo confirmado naquele momento, ele a princípio até tentou negar dizendo ter achado, mas sua foto estava lá e tudo que acontecia ele sempre me contava,portanto se tivesse achado teria me contado. Não adiantava mais negar,e então ele confessava.
A minha surpresa não parou por ai, percebi que de repente o meu maravilhoso marido, que já a algum tempo não era tão maravilhoso assim,se transformou em um homem frio,olhar endurecido,sorriso irônico,um muro parecia ter erguido ali e nada que eu fazesse ou falasse, fazia encontrar vestígios da pessoa que ele era antes.Tinha acabado de conhecer um outro homem, muito diferente de tudo que era até na noite anterior,então a mentira foi revelada, traição, hipocrisia,desrespeito,crueldade,tortura psicológica,dor,morte...
Além de não mais negar que tinha uma amante,passou a ter um comportamento pior do que tinha antes, comigo e com a nossa filha,sempre com ar de despreso,não atendia mais nossas ligações e achava que tinhamos que atendê-lo sempre, queria saber tudo que eu fazia durante o dia com medo que eu fosse atrás da moça,o que eu nunca fiz e não tive vontade de fazer. Ele não dormia todas a noites em casa, mais eu tinha que deixar o almoço pronto para ele levar,entre tantas outras coisas mais barbáras.Não ia embora de casa e dizia que não sabia o que fazer já que tinha que cuidar de mim mas que o certo era ir e ver o que aconteceria e que a moça era mais importante naquele momento.
Eu amava meu marido, e estava sofrendo demais com tudo que estava acontecendo e acreditei que seria uma chance de reverter toda situação, enquanto ele não se decidia em sair de casa e poderia te-lo de volta,me redobrando de paciência e tolerância,procurando escutá-lo e sendo compreensiva com a crise que estava acontecendo. Até que um dia na hemodiálise chegou uma senhora que precisou amputar as pernas e isso me fez pensar o que ela já teria vivido, se pelo menos teria amado e sido amada ou será que renunciou o amor por causa da familia ou qualquer outra coisa,e se foi válido o que ela viveu.
Por amar meu marido entendi que ele também estava amando outra e que por não estava vivendo por mim o que era de sua vontade viver, e não seria justo eu amando-o tanto obriga-lo a ser infeliz ao meu lado.
Depos de refletir sobre isso,decidi que eu preferia vê-lo feliz com outra ao vê-lo infeliz comigo e fazendo minha filha também infeliz.Conversei com ele e disse que queria que ele fosse embora e que eu estaria sempre aqui,porque meu amor era verdadeiro e não acabaria nunca,mas agora de um jeito diferente,como uma mãe,amiga irmã ou qualquer coisa,menos como mulher,que ele poderia contar comigo sempre em nome de tudo que tinhamos vivido.
De 14 de maio de 1988 até 03 de Agosto de 2008,foi o tempo que durou o amor que eu acreditei ser para sempre.Era um domingo chuvoso, com chuva fina,um dia triste;ajudei ele arrumar as malas,colocar tudo no carro,fiz um almoço especial de despedida com tudo que ele gostava,mais me sentia como se estivesse em um velório,algumas vezes com um leve sorriso no rosto, tentando parecer um pouco conformada para não deixar minha filha triste e também para não haver arrependimento ou para que ele não sentisse dó ou piedade de mim.
Almoçamos, ele se despediu da nossa filha e do namorado dela,por último se despediu de mim, entrou no carro, abriu o portão eletrônico e pela última vez vi o portão se fechar para não abrir nunca mais,o barulho do portão foi algo estrondoso, então chorei...
Chorei não de arrenpendimento mais de certeza que tudo tinha acabado e que essa era a decisão mais importante da minha vida, terminar meu casamento.
Na manhã seguinte me levantei, não queria fazer café da manhã só para mim,mais olhei pelo vidro da cozinha e vi o dia lindo de sol que fazia e pensei,"É meu primeiro dia de solteira.Que dia lindo!Eu mereço tomar um café e fazer deste dia um dia muito especial."
Como de costume ele me ligou no horário que sempre me ligava para dar bom dia,quando estava no trabalho e começou a ladainha "Eu estraguei sua vida,blá,blá,blá..."
Sorridente e com uma sensação de sincera de felicidade eu disse que era nosso primeiro dia de solteiros e que eu desejava que ele fosse muito feliz que o dia estava lindo e era sinal de sorte.
Não sei explicar mas me deu medo que ele quisesse voltar atrás então dei-lhe coragem e mostrei que eu estva muito bem.E estava mesmo!
Assim dei meu primeiro passo,muitas vezes sofrendo calada com muita coisa guardada no coração,mas o deixo fechado para não atrapalhar em todas as mudanças que começaram acontecer desde então.Sou outra mulher não porque eu quis e fiz de tudo pra ser,mas porque descobri quem sou eu na individualidade,e tudo que posso superar.Faço hemodiálise há 11 anos,superei a separação que já se passaram 2 anos.
Tudo que passei tive o apoio de amigos e familiares,o mais importante sem dúvida foi o amor da minha filha por mim que cada vez mais tem se fortalecido.
Hoje meu ex amor mora com a moça e juntos tem uma filha com 8 meses.Precisei ajudar minha filha aceitar a mulher de seu pai e a irmã,para ela foi muito difícil e doloroso,mais hoje morre de amor pela irmãzinha.
E ele nunca mais teve o brilho nos olhos,continua trabalhando muito,a mãe dele ficou muito revoltada e não mais conversa ou procura saber notícias dele, assim está afastado de toda família,mais tenho certeza que no final de sua vida não vai poder lamentar de não ter vivido um grande amor e nem me culpar por tê-lo impedido de ser feliz.
Afinal, todo amor que não foi vivido é sempre o que pensamos ser o maior e verdadeiro amor de nossas vidas e assim dura para sempre nas nossas ilusões românticas,a chance de vivê-lo torna o amor tão real e como qualquer outro sentimento se transforma em rotina, mais o importante é vivenciá-lo sem preocupações de como ou quando termina.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PSICOLOGIA DOS CONTOS DE FADAS

Não sei se vocês perceberam, mas fazer releituras de contos de 

fadas está na moda.

Texto de Paulo Urban é médico psiquiatra e Psicoterapeuta do Encantamento.
            “ERA UMA VEZ uma criança que adorava ouvir histórias… ela nada mais esperava que viver cada momento, mas a cada passo dado neste seu mundo de sonhos e fantasia, pouco a pouco, sem o perceber, ia encontrando um sentido para a vida…”
Infelizmente, muitos pais desejam ver seus filhos com as cabeças funcionando racionalmente como as suas, e acreditam que a maturidade deles dependa exclusivamente do ensinamento lógico oferecido pela maioria das escolas que, via de regra, em nossa sociedade moderna, nada mais fazem que repassar um conteúdo pedagógico desprovido de maiores significados para a vida. Esquecem-se de explorar os sentimentos como fundamental ingrediente para a formação do caráter e, ainda que bem alfabetizem, desconsideram os contos de fadas como se estes só gerassem confusões quanto aos conceitos sólidos de realidade que devem ser ensinados às crianças. Pecam gravemente por isso.
Afinal, a sabedoria não é coisa que nasça pronta como a deusa Palas Atena, que, inteiramente formada, pulou fora da cabeça de Zeus; é antes algo delicado, que se constrói desde os tenros anos da infância, e que passa necessariamente por um estágio primevo, irracional, de extraordinário potencial que só se desdobrará convenientemente num bem explorado e maduro psiquismo. Obrigatoriamente, isto nos leva à necessidade de lidar com nossos sentimentos. O mundo interior, desconhecido pela consciência intelectualizada, encerra segredos legítimos, guarda metade de nós mesmos, e sua assimilação é imprescindível para todo aquele que deseje conhecer-se melhor ou que esteja buscando respostas honestas para os enigmas da existência.
Nesse particular, os contos de fada cumprem relevante papel. São expressão cristalina e simples de nosso mundo psicológico profundo. De estrutura mais simples que os mitos e as lendas, mas de conteúdo muito mais rico que o mero teor moral encontrado na maioria das fábulas, são os contos de fada a fórmula mágica capaz de envolver a atenção das crianças, despertando-lhes (idem nos adultos sensíveis) sentimentos e valores intuitivos que clamam por um desenvolvimento justo, tão pleno quanto possa vir a ser o do prestigiado intelecto.
Em essência, os contos de fada podem ser vistos como pequenas obras de arte capazes que são de nos envolver em seu enredo, de nos instigar a mente e comover-nos com a sorte de seus personagens. Causam impacto em nosso psiquismo porque tratam das experiências cotidianas, permitindo que nos identifiquemos com as dificuldades ou alegrias de seus heróis, cujos feitos narrados expressam, em suma, a condição humana frente às provações da vida. Não fossem assim tão verdadeiros ao simbolizar nosso caminho pessoal de desenvolvimento, apresentando-nos as situações críticas de escolha que invariavelmente enfrentamos, não despertariam nem sequer o interesse nas crianças que buscam neles, além da diversão, um aprendizado apropriado à sua segurança. Nesse processo, cada criança depreende suas próprias lições dos contos de fadas que ouve, sempre consoante seu momento de vida, e extrai das narrativas, ainda que inconscientemente, o que de melhor possa aproveitar para aí ser aplicado. Oportunamente, pede que seus pais lhes contem de novo esta ou aquela história, quando revive sentimentos que vão sendo trabalhados a cada repetição do drama, ampliando assim os significados aprendidos ou substituindo-os por outros mais eficientes, conforme as necessidades do momento.
Desde a remotíssima Antigüidade (especialistas apontam para uma tradição oral que começa há mais de 25 mil anos), a relação de qualquer criança com o mundo sempre dependeu dos relatos míticos e religiosos, cujos elementos básicos constituintes encontram-se espalhados por uma miríade de células narrativas de caráter mágico, as quais denominamos contos de fadas.
Conto dos Dois Irmãos – Papiro de Orbiney – British Museum
Platão, século IV a.C., no Livro III da República, propunha educar seus cidadãos por um mito próprio que lhes explicasse a origem de suas castas; em outros escritos informa que em seu tempo era função das mulheres narrar às crianças as alegorias, às quais chamou de mythoi. Data histórica mais antiga nos leva diretamente à fonte do popular tema dos “Dois Irmãos”, um dos quais geralmente é bom, o outro nem tanto, encontrado em quase todos os folclores. Ela se acha escrita no papiro egípcio Orbiney (nome de seu antigo possuidor) datado de 1210 a.C., que se encontra completo e preservado no Museu Britânico. Relata as desavenças entre dois irmãos, projetadas na dupla de deuses Anúbis e Bata, que vivem brigando entre si, mas dependem mutuamente um do outro. Entretanto, a ocorrência desta história parece ser ainda mais arcaica.
Assim como os mitos e as lendas, os contos de fada e as fábulas provêm do alvorecer da cultura humana e acham-se espalhados por todas as civilizações. Os registros ocidentais mais antigos nos levam a Esopo, herói popular da Trácia, a quem se reputa o ofício de ter sido no século VI a.C. um proeminente contador de fábulas. Aristóteles, em 330 a.C., relata que Esopo, certa feita, como advogado de defesa de um político corrupto teria se valido de uma de suas histórias, “A raposa e o ouriço”, para defender o seu cliente. A raposa estava tomada por pulgas, e o ouriço propôs-se a tratar dela. Com receio de se machucar ainda mais, ela argumenta: “Sr. Ouriço, deixe estar, se me retira estas pulgas já gordinhas, que nem me chupar podem mais, logo outras sedentas por sangue ocuparão seu lugar”. Ao que completou dizendo aos juízes que se condenassem à morte o réu já enriquecido, outros não tão ricos, mas ávidos para roubar, viriam a ocupar sua cadeira!
Esopo não escrevia suas fábulas. Até surgirem as duas coletâneas mais antigas desse gênero, datadas do ano 1 d.C., sua transmissão era exclusivamente oral. A primeira delas foi escrita em latim por Fedro, que traduziu Esopo para os romanos; a outra, em grego, é da autoria de Babrius.
A primeira coleção de contos, porém, com motivos do folclore europeu, denominada Gesta Romanorum, só surgiria no século XIV, escrita em latim. Precedeu em poucos anos As Mil e uma Noites, famosos contos árabes de magia e aventura, de origem persa, que datam dos séculos XIV a XVI. Tudo começa com a desilusão do califa Shahryar ao descobrir que seu irmão Shazeman era traído pela esposa. Resolve então que nunca deixaria que consigo acontecesse tamanha desonra, e decide dormir com mulheres sempre virgens para no dia seguinte entregá-las a seus soldados para a morte. Até que a corajosa Sherazade, filha de seu principal vizir, contrariando os conselhos de seu pai, oferece-se para o califa. Propondo-se a evitar maior matança, passa a contar-lhe todas as noites, após se amarem, uma história que ela sempre interrompia em seu ponto culminante, fazendo com que seu amo a poupasse até a noite seguinte, quando então, continuava a narrativa.
Mil e Uma Noites.0.3
As Mil e uma Noites têm por pano de fundo o apogeu do mundo árabe alcançado durante o reinado de Harum-el-Raschid, quinto califa da dinastia dos Abácidas, século VIII d.C. Aladim e o gênio da lâmpada, Simbá, o marujo, e Ali Babá são alguns dos personagens que por três anos mantiveram viva Sherazade, até que, por fim, estando o califa completamente apaixonado por ela e transformado interiormente pela beleza de suas histórias, liberta-se de sua depressão, suspende a pena e a pede em casamento. Os contos das “Noites Árabes” haviam servido a el-Raschid como verdadeira terapia! A propósito, este é o procedimento adotado desde a Antigüidade pela medicina hindu, chamada Ayurveda, na qual os pacientes são convidados a meditar sobre contos de fadas para que suas mentes se purifiquem, condição prévia para que qualquer cura seja alcançada.
O título dado às histórias de Sherazade, assim como o modelo adotado por Bocaccio (1313-1375) no Decameron, bem serviram ao italiano Giovanni Straparola (1480-1557) que imaginou uma reunião de jovens, isolados do mundo, entretidos em suas narrativas de fadas. O conjunto, batizado por Piacevoli Notti (Noites de Prazer), foi publicado de 1550 a 1553. Muitas de suas idéias seriam depois adaptadas pelo francês Charles Perrault (1628-1703), até nossos dias lembrado por seus Contos da Mamãe Gansa, que vieram a público em 1697 trazendo uma versão de “Chapeuzinho Vermelho” em que o lobo sai vitorioso da história, após haver jantado a vovó e comido em seguida a menina de sobremesa.  Chapeuzinho Vermelho.0.3 O literato justificava-se dizendo que sua narrativa era de valor eminentemente moral, e que as crianças bem deviam saber o preço da desobediência aos pais. Foi seu contemporâneo Jean de La Fontaine (1621-1695), imortalizado por suas Fábulas, publicadas entre 1668 e 1694, de cunho igualmente moral, que passaram a ser contadas nas escolas da época e permanecem populares até hoje. O alemão Gotthold Lessing, por considerar as sátiras de La Fontaine muito leves, em 1759 edita seu Fabels (Fábulas), cujo teor trazia lições bem mais severas que as da moral francesa.
La Fontaine.0.4
Wilhelm e Jacob Grimm
Wilhelm e Jacob Grimm
Somente no século seguinte, porém, é que o jardim da infância floresceria definitivamente com a paciente pesquisa feita pelos irmãos Grimm na Alemanha. Os filólogos Jacob Grimm (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859), lingüistas e folcloristas, colecionaram contos de encantamento por toda parte da Europa, e lançaram de 1812 a 1815, em dois tomos, Os Contos de Fadas dos Irmãos Grimm, que, desde então, vêm sendo adaptados em quase todos os idiomas, e transformados em elemento essencial da literatura infantil. Jacob era o mais intelectualizado dos irmãos, mas Wilhelm era quem detinha a verve da poesia; juntos chegaram a editar 210 histórias, maior parte delas encontrada nos dois volumes originais. Em 1983, descobriu-se um manuscrito com conto inédito na coleção dos Grimm.
Hans C. Andersen, 1894, tela de A. Kücher
Hans C. Andersen, 1894, tela de A. Kücher
Outro autor de novelas, peças de teatro, roteiros de viagens, memórias e poesias, consagrado por seus contos de fada, é o dinamarquês Hans Christian Andersen (1802-1875), filho de um humilde sapateiro e de uma iletrada mãe, mulher supersticiosa que o influenciou bastante por passar-lhe a tradição oral do campo. Em 1835 publicou Histórias Contadas às Crianças, com seus quatro primeiros contos. Até 1872, produziu 168 histórias, logo traduzidas em diversos países, comumente publicadas em séries de quatro narrativas por livro. Combinando à fantasia infantil sua aguçada sabedoria, encantou igualmente o público adulto, repetindo a mística do fenômeno provocado pelos irmãos Grimm; hoje sua obra acha-se traduzida em mais de cem línguas.
Ainda no século XIX, os românticos alemães Goethe e Ernst Hoffman, e o inglês Oscar Wilde são exemplos dos que também se dedicaram à literatura infantil. E citemos com orgulho Monteiro Lobato (1882-1948) que, preocupado em edificar os jovens, produziu extensa literatura infanto-juvenil de cunho pedagógico, adaptando para as crianças brasileiras as Fábulas de Esopo.Monteiro Lobato.0.3
Mas por que nos impressionam tanto os contos de fada? Por certo, não apenas pelos expoentes citados que se dedicaram à sua compilação, visto que tais contos sempre foram populares como tradição oral, mas, antes, porque suas histórias são instigantes. Não há como alcançar completamente seu sentido em termos puramente intelectuais, fato que nos desperta a percepção intuitiva.
A fantasia - irracional a ponto de permitir que a vovó engolida pelo lobo mau permaneça viva em sua barriga até ser salva, ou que Bela Adormecida durma enfeitiçada um sono de cem anos, e João suba num pé de feijão até alcançar no céu o castelo de um gigante -, justamente pelo inverossímil que expõe, provoca uma reviravolta em nosso mundo psíquico que, estimulado, se aguça na tentativa de compreendê-la. E não há como explicá-la pelos padrões da razão metódica. A história de fadas é per si sua melhor explicação, do mesmo modo que as obras de arte encerram aspectos que fogem do alcance do intelecto, já que suscitam emoções capazes de comover os que diante delas se colocam. O significado desses contos está guardado na totalidade de seu conjunto, perpassado pelos fios invisíveis de sua trama narrativa. Claro que, diante desse mistério, muitas formas de abordá-lo são possíveis e igualmente válidas, posto que acrescentam luz à sua compreensão.
O psicanalista austríaco Bruno Bettelheim (1903-1990), por exemplo, em seu precioso estudo Usos do encantamento: significado e importância dos contos de fadas (em Português, A Psicanálise dos Contos de Fada, ed. Paz e Terra), argumenta: “Os psicanalistas freudianos se preocupam em mostrar que tipo de material reprimido ou inconsciente está subjacente nos mitos e contos de fada, e como estes se relacionam aos sonhos e devaneios. Já os junguianos, ele continua, frisam em acréscimo que as figuras e os acontecimentos destas histórias estão de acordo com fenômenos arquetípicos, e simbolicamente sugerem a necessidade de se atingir um estado mais elevado de autoconfiança, uma renovação interna conseguida à custa de forças inconscientes que se tornam disponíveis ao indivíduo”.
O próprio Jung disse certa vez que “nos contos de fadas melhor podemos estudar a anatomia comparada da psique”. Quis dizer com isso, explica-nos sua discípula Marie Louise von Franz em Interpretação dos Contos de Fadas (ed. Paulus) que os contos de fadas espelham a estrutura mais simples, ou o “esqueleto” da psique, e que suas muitas peças acabam por fundir-se, compondo os grandes mitos que expressam toda uma produção cultural mais elaborada. O estudioso clássico E. Schwizer demonstra como, por exemplo, o mito de Hércules foi sendo aos poucos espontaneamente “montado” a partir de histórias separadas, todas temas centrais de seus respectivos contos de fadas.
Fenômeno semelhante ocorre, aponta-o o historiador Homero Pimentel, no campo da literatura clássica, onde se registra a corriqueira absorção de temas arquetípicos encontráveis nos contos de fadas, como a figura típica da madrasta má que ordena a seu servo que mate Branca de Neve, bem aproveitada por Shakespeare em sua peça Péricles, Príncipe de Tiro. E talvez o literato britânico não alcançasse tanto sucesso não fosse seu costume de ler contos de fadas.
Branca de Neve
Branca de Neve, a propósito, cuja narrativa remonta há mais de mil anos, permite inúmeras interpretações à luz da psicanálise ou da psicologia junguiana. Prefiro ver neste conto, contudo, uma das jóias raras produzidas pelo saber dos alquimistas. Na alegoria de “Branca de Neve” estão depositados inúmeros segredos do ocultismo. A rainha, que morre ao parir, fora bem clara em seu desejo: “Quero ter uma filha de pele alva como a neve, lábios vermelhos como o sangue, e cabelos tão negros quanto a noite!” É como começam as versões originais deste fabuloso conto. Implícita está, desde o início, a alusão às três grandes fases da transmutação alquímica: albedo (o branco), rubedo (o vermelho) e nigredo (o negro). Expulsa de seu castelo aos sete anos, a menina é abandonada pelo servo na floresta; miticamente, este é o lugar desconhecido onde primeiro nos perdemos na busca da verdade. A casa dos sete anões representa o núcleo orientador capaz de nos levar de volta ao caminho iniciático dos alquimistas. E os anões, todos mineradores da caverna, representam a necessidade de trabalharmos nossas entranhas em busca do ouro filosofal. Na alegoria do sete acham-se velados os sete metais alquímicos, bem como seus sete planetas regentes, também os sete degraus para o preparo da Pedra Filosofal. A madrasta, por sua vez, traduz arquetipicamente os perigos do caminho de provações, revelando-se como bruxa perdida (por estar presa à vaidade) na busca da beleza eterna, enganada quanto à natureza do “Elixir da Longa Vida”. Ela morrerá em desgraça, e Branca de Neve, após pagar o preço de sua ingenuidade, acabará por renascer de sua morte simbólica nos braços de seu príncipe encantado, a representar a coroação dos ideais da alma. Mas a complexidade desta análise alquímica nos levaria a outra matéria; paremos por aqui. Parafraseando Michael Ende, autor da saga A História sem Fim: “Esta é uma outra história e terá de ser contada em outra ocasião…”
“E quanto àquela criança que adorava ouvir histórias? O mais importante que resta disso tudo é que nunca esqueçamos a lição… crianças, jovens ou adultos, no mundo das fadas todos seguimos encantados e… FELIZES PARA SEMPRE !” 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Vida Como Bolha De Sabão






Hoje, vivo nesta existência  aguardando o momento que a humanidade tomará consciência do que de fato acontece por trás desse corre corre que nada, ou pouco tem com a verdadeira realidade.
Não é loucura, embora pareça e posso perfeitamente compreender a dificuldade que qualquer um tem para assimilar tudo isso que chamo de "realidade por de trás da realidade".
Particularmente, acredito que até mesmo a espiritualidade é muito diferente do que até hoje foi passado e crido.
Não estou afirmando na inexistência dos espíritos, mais creio que seja muito, muito além, coisas que muitos ficariam horrorizados... Mas são coisas boas, muito melhor até das que nos disseram até hoje!
Quando digo isto estou incluindo, catolicismo, cristianismo, islamismo, espiritismo, misticismo, e todos os "ismos" que existe e não me recordo ou não conheço.
Chegará o dia que como bolha de sabão, está nossa realidade irá ser desfeita e nada do que hoje afirmam como caminho certo ou errado, seja nas crenças espirituais, políticas, nas realizações pessoais, seja até mesmo no que conhecemos como amor, tudo será visto com outra profundidade de conhecimento e antes que o êxtase da felicidade tome conta, será vivenciado  a decepção, a ira, pelos milhares de anos que vivemos algo simplesmente superficial.
Houve época que muitos morreram por viver esta realidade onde o conhecimento e a sabedoria ainda borbulhavam, embora nem sempre usavam para o bem de todos, ainda assim, tinhas posses de poderes como a cura, materialização, clarividência, telepatia,  outros.
Todos conheciam a vida fora desta dimensão e não estavam dispostos a seguirem as manipulações do novo mundo e assim muitos mataram, muitos morreram, muitos venderam seu silêncio em troca de algo que os deixavam viver a suposta paz, o que ao longo do tempo resultou num mundo criado sobre mentiras como base.
Os que nasciam nesta época não recebiam as informações originais e de fato o mundo foi construído de forma conveniente para os diversos interesses, e a verdade foi escondida, a principio até acreditando que ela tinha sido morta para nunca mais renascer.
Se a mentira não pode sobreviver por muito tempo, pois ela não existe de fato, então chegará o dia que a verdade simplesmente chegará e nova revolução acontecerá.
Acontecerá, ou está acontecendo, como uma mata que o fogo a destrói completamente e um belo dia, emitem novos brotos, porque a raiz não foi atingida.Assim é com a verdadeira realidade. 
Não que ela será totalmente desvendada, pois o universo é complexo e eternamente mutável,  mas parte do que não conhecemos ou não lembramos, nos será revelado.
O tempo que conhecemos não existe, e isso não é difícil constatar, uma vez que o nosso sistema solar não é o mesmo para todo o universo e nem mesmo a nossa gravidade é a mesma em outros planetas, e como sou leiga no assunto, acho melhor não tentar me aprofundar muito, mas posso deduzir que este tempo que nos adoece, envelhece, morre, em algum lugar não existe, e da mesma forma a energia consciente que nos da vida não morre e pode se comunicar em qualquer momento, sem tempo e sem lugar determinado, pois o que conecta é a energia gerada, através do que acreditamos e como a usamos.
Peço perdão aos que creem em várias formas de vida e comunicação espiritual, mas acho que muitos estão presos nestas crenças e sem perceber estão bloqueando um grande salto no conhecimento que trazemos guardados nos arquivos internos que há em cada um.
Através desta realidade não será preciso ficar anos, séculos, presos em karmas, e todos terão outro entendimento, que é muito mais fácil do que até hoje podemos imaginar, mas também é preciso muito mais dedicação do que simplesmente reza e conhecimento dos acontecimentos vividos nas diversas culturas.
É importante e preciso praticar com intenção, observar como está as  intenções, sentimentos, pensamentos, o que está praticando, cuidando de melhorar em favor de si mesmo e de toda espécie de vida existente, sem exceção.
Acredito que muitos acontecimentos, até corriqueiros, chegam para nos distrair, mudar nosso foco, impedir nossas intenções de serem as mais puras, e por isso a atenção deve ser redobrada no momento AGORA, onde o passado não tem como ser mudado e o futuro será realizado a partir do momento presente.
Tudo o que digo, posto, não são apenas reflexões, e sim coisas que vivenciei e pelas quais mudaram completamente minha relação com a vida. 
Aparentemente sou mais insensível, não tenho mais apegos, os relacionamentos são mais objetivos, sinto dificuldades para me envolver, porém sinto com clareza os meus sentimentos, eles são mais voltados para o coração.
Vivendo menos na ilusão dos sentimentos, onde a cobrança impediria de sentir a verdade dos sentimentos do outro, onde o apego, a sensação de posse causaria apenas medo e  insegurança.
Não passo mais que dois ou três dias refletindo sobre acontecimentos tristes que contribuem no meu despertar para a outra realidade, que provavelmente não serão neste mundo que as viverei. Depois disso a fé entra em ação, o orgulho é colocado de lado, tomo posse do meu direito de ficar em paz com minhas decisões, e quando o assunto está fora de qualquer controle da minha parte, apenas entrego para o Poder Supremo e aguardo o que a vida me reserva nos próximos passos.
Se acontecer mudanças drásticas daqui pra frente, onde até a morte do corpo físico deixa de existir ou demore muito mais para ocorrer, poderei experimentar aqui mesmo, muito mais do que tenho aprendido, mas se não for assim, certamente nada do que tenho aprendido será perdido para minha alma imortal.
Uma das coisas que considero importante é que não posso viver por ninguém, sendo assim, implicar seria perder tempo com o que o outro escolheu viver. 
Olhando ao meu redor, verei pessoas alegres simplesmente porque estão vivos, mesmo vivendo com simplicidade, sem um romance nem a atenção da família, sem recursos para grandes feitos nem a saúde para gozar de diversos prazeres, mas também verei pessoas levando uma vida com mais recursos financeiros, amigos que lhe querem muito bem, filhos muito bem criados com capacidades de cuidar da própria vida, e assim mesmo estão sempre desanimados, achando que os deveres que estão sob suas responsabilidades são pesados demais, cansativos a ponto de murmurar. 
Depende do que cada um leva no coração e como cada um valoriza a vida.
Algumas pessoas, como eu, gostam de compartilhar o que lhe faz bem, sem nenhuma preocupação em mudar a vida de ninguém, apenas repassar o que faz bem, e quem tiver interesse aceita como sugestão, já que não tem nenhum interesse simplesmente ignora e continua vivendo como melhor lhe convém. Somente assim é possível todos caminhar em paz.
Enquanto nossa realidade é esta, onde  muitos não assumem nem para si mesmos o que sente, o que gosta, o que há de verdadeiro seu intimo, eu sigo o fluxo da vida, observando e aprendendo muito com cada um desses companheiros de jornada.
Grande engano pensar que neste momento tenho pleno conhecimento da realidade, pois ela está num plano que ainda não tive oportunidade de tocá-la, nem mesmo com os olhos físicos pude vê-la, apenas sinto-a com as minhas percepções e intuições.
Posso dizer que meu contato com a outra realidade foi extra sensorial, o que para mim basta como prova, mas para este mundo e as pessoas com as quais convivo nada passa de um momento de alucinação, loucura. Ainda não é chegado o tempo onde todos compreenderão.
Lógico que nos primeiros momentos, que duraram alguns anos, uns 04 ou 05 anos,talvez mais um pouco,  foram para mim bastante perturbador,  até que novos acontecimentos elucidou, tornando tudo muito claro, abrindo assim o portal da nova realidade.
Por isso acredito que como aconteceu comigo e com muitos outros, de atravessar por este portal, acontecerá também com toda humanidade .
 Apenas preciso ser prudente e consciente que me falta muito para desvendar a verdade e deixar para trás toda essa mentira vivida até hoje, espero que aconteça o mesmo com todos e quem sabe, aconteça muito em breve...
Tenho como exemplo a bolha de sabão, que embora é linda e quem a consegue fazer não quer vê-la estourar, infelizmente ela estoura, mas no caso da nossa realidade, veremos algo muito mais bonito.
A verdade deve prevalecer mesmo que demore muito milênios e acredito que agora está a poucos passos dela ser desvendada.

Mara Mello



terça-feira, 21 de maio de 2013

A ARTE DE VIVER BEM



 Nos dias de hoje é muito comum as pessoas dizerem que a qualidade de vida do ser humano esta melhor.


Mas como podemos afirmar que esta qualidade de vida esta melhor se cada ser possui sua individualidade e portanto não temos como criar uma formula padrão para medirmos se a qualidade de vida esta realmente melhor.


Pois cada ser possui expectativas e desejos distintos sobre como é viver melhor.


Muitos buscam bens materiais e sucesso profissional para suas vidas e desta forma estar de bem consigo mesmo e poder dizer que sua qualidade de vida melhorou quando alcançam seus objetivos.


Mas o que dizer de uma pessoa que viveu seus 90 anos de vida em função de ajudar seus parentes e amigos a estarem bem, esta pessoa que agora aparentemente esta no seu final de vida pode ser considerada uma pessoa que não teve uma boa qualidade de vida, pois nunca saiu fora do pais, mal apreendeu a escrever seu nome, não teve filhos gerados dela, mais ajudou a criar os filhos dos seus irmãos dos seus sobrinhos e de quantos outros tiveram o privilegio de cruzar seu caminho.


Então faço a seguinte pergunta:


Uma pessoa que passou sua vida toda dedicada a ajudar os outros teve ou não uma boa qualidade de vida?


Acredito que qualidade de vida é algo muito subjetivo e não deve jamais ser banalizado, pois cada individuo possui sua própria definição de qualidade de vida.


Quero deixar claro que não estou falando de qualidade de vida com relação as necessidades básicas do ser humano (comer, beber, dormir) entre outras pois estas sim podemos talvez generalizar pois se diferirem de um ser para outro será em pequenos detalhes como tipo de comida ou bebida entre outras.


Mas me refiro a qualidade de vida da alma e dos sentimentos das pessoas estes sim são itens que em momento algum temos como generalizar, pois cada individuo possuem suas necessidade diferentes uns dos outros, onde nem sempre o que é bom para um será bom para o outro.


Talvez até este seja o ponto que vem causando tantas discórdias e desavenças entre as pessoas uma vez que temos o péssimo habito de achar que o que nos faz bem servira também para a outra pessoa.


Este texto foi elaborado com base na convivência com minha tia Ramila na qual todos chamamos gentilmente de Madrinha que ira completar 94 anos de vida no próximo dia 20/05/13 e que a meu ver possuiu a melhor qualidade de vida possível, uma vez que passou a maior parte deste anos se doando e cuidando para que todos a sua volta tivessem uma vida digna e honesta e sempre passou uma lição de vida a todos que tem o prazer de conviver com ela, que mesmo agora acamada pela idade nos inspira a continuar lutando com unhas e dentes pela vida e a proporcionar momentos de alegria e felicidade a todos a nossa volta  pois esta é a única maneira de termos uma qualidade de vida digna.


Que possamos continuar lutando sempre para ter uma melhora na nossa qualidade de vida sim mais nunca esquecendo de contribuir para uma melhora na qualidade de vida de nossos familiares e amigos sempre ajudando e oferecendo o aconchego de nosso coração e carinho sempre que possível.


Acredito que a partir do momento que todos começarem a melhorar os outros ao seu redor (família, amigos) somente assim teremos uma qualidade de vida melhor não somente para nos mesmo para o planeta como um todos.

Colaborador Luiz Eduardo Souza

sábado, 18 de maio de 2013

A constante nescessidade humana de ser Deus



Respeito ás opiniões divergentes sobre a existência de Deus, tanto que também não acredito neste que foi inventado pelas fantasias e conveniências humanas.
Olho para vida e vejo as maravilhas que por muitas vezes estão escondidas sobre as imperfeições de uma das suas mais racionais e complexas criações, o homem, e que ainda assim, sendo ele também parte de tudo e com tamanha capacidade de inteligência, tudo o que tem feito é tentar aprender a ser Deus.
Estamos aqui fazendo um estágio e neste período cada um está passando por diversos aprendizados, da mesma forma a atenção de cada um está voltado aos seus próprios interesses, onde nem sempre há vontade de desenvolver completamente todas as habilidades, preferindo fazer deste momento uma diversão antes de partir para o próximo lugar.
Não acredito que alguém vai tomar o lugar de Deus quando concluir o aprendizado, até porque Deus é Sabedoria Criativa Infinita e nunca deixa de evoluir para a eterna expansão da vida, assim como nada deixa de evoluir como parte disso tudo movidos sempre pela própria energia vibracional.
A energia da qual estou falando é geradas pelo próprio ser através das existências com suas INTENÇÕES/PENSAMENTOS+SENTIMENTOS que impulsionam para as AÇÕES onde o próprio indivíduo pode se beneficiar prontamente se conseguir tomar os devidos cuidados, além de influenciar diretamente ou indiretamente toda as demais existência, independente do tipo de vida que estão exercendo no momento.
Quanto melhor for sintonizada a frequência vibracional mais próximo se encontra da essência divina, onde pode ser representado por luzes, talvez porque até agora foi o que descobrimos de mais iluminados.
Na verdade não concordo com nada que defina Deus, particularmente prefiro senti-lo apenas, até porque tudo o que for usado para defini-lo sera sempre insuficiente, muito limitado, o que tenho certeza que ele não pode ser assim.
Se neste pequeno mundo comparado ao universo, há muitas dificuldades em aprender diversas línguas e nem todos aprendem com perfeição, o mesmo acontece para aprender todas as profissões, ler livros de todos os gêneros, conhecer cada centímetro do planeta inclusive a profundezas dos rios e oceanos, como poderíamos então explicar detalhadamente dimensões que estão além das nossas possibilidades de acesso?
Se para Deus ser perfeito depende das perspectivas e das expectativas de cada um e das frustrações em um  momento que ainda não compreenderam que simplesmente todos fazem parte disso tudo e são totalmente responsáveis pelas energias vibracionais que geram, e isto acontece com a atenção voltada ao que deseja para si fazer também para os outros, com o devido cuidando de nunca dar importância a quem está sendo beneficiado e neste caso entra o perdão.
No nosso mundo quanto mais habilidades temos para desenvolvermos todas as áreas, mais complicadas podem parecer a quem tenta compreender, e isso é comum acontecer até com coisas que deveriam ser simples, como os relacionamentos por exemplo.
Penso que Deus sorri ao nos ver tentando entender tudo, como crianças quando começam a aprender as coisas e ficam deslumbrados como o que apreciam, da mesma forma que choram e negam tudo o que causa medo e insegurança.
A teoria sobre isso tudo faz parecer fácil, mais a prática exige muito além da coragem, perseverança e determinação, talvez por isso, os seres iluminados não são encontrados com facilidade. É muito comum encontrar pessoas bem intencionadas e dedicadas, porém o EGO age às ocultas, tacitamente sem ser pressentido, dificultando as intenções e ações.
Enfim, deve ser divertido ser Deus, nos observando nesta “infância”, se esforçando para ser tão grande e poderoso quanto ele nosso pai maior.

Mara Mello

Homenagens

08 de Março Dia Internacional das Mulheres
Homenagens

Dia das Mães

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